Eu deixei o amor da minha vida partir
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Eu deixei o amor da minha vida partir.
Não! Não que eu quisesse isso, mas foi preciso. É impossível não fazer um
flashback de tudo que vivemos. Do primeiro encontro, do primeiro beijo, do seu
corpo nu, dos sonhos, dos planos, de todos os momentos juntos. Não! Não foi
muito tempo, foram apenas três meses, mas foi o tempo suficiente para amá-la.
“Mas o que é o amor?” Muitos e até mesmo eu me pergunto. Paro, penso e chego na
solução que é amor desde que a relação é regada apenas por ambos, com sorrisos
sinceros, com beijos que tiram o fôlego até da alma, de abraços apertados que
sentimos nossos órgãos serem quase esmagados. É quando ver o seu parceiro, de
longe, se aproximar e você analisar cada detalhe e dentro de ti, perceber que
está no caminho certo, que é aquilo que você quer para sua vida. “Três meses?
Tão rápido assim e já teve amor?”, outros perguntam. Eu acredito no amor com o
tempo, mas eu também acredito no amor à primeira vista. Quando meus olhos
pousaram sobre os seus eu senti que era tudo diferente. Que não era só mais uma
relação que traduz um achismo ou uma esperança de no futuro surgir algo de bom.
Muitas vezes, o tempo é parceiro e faz tudo se concretizar e dar certo. Nesse
caso, o tempo foi meu inimigo, fez tudo se esvair e o vento soprou para longe.
E como fica o coração? Ah, meus amigos! O coração fica murcho, triste, quase
para. A gente interrompe todos os afazeres do dia e pensa um pouco no passado e
no presente, vemos o quanto foi importante todos aqueles momentos juntos. Os
aprendizados, os erros e acertos. Sou feliz pelo que vivi no passado. Sou
triste por ter que deixar a magia do beijo, o segredo renovador do olhar, o
desejo do corpo, os sonhos… E viver a saudade, a tristeza, as cartas que jamais
serão enviadas e as viagens marcadas que nunca serão feitas. Mas por que
deixar? Porque nem sempre as coisas são do jeito que queremos, do jeito que
nossos corações desejam. Porque às vezes, soltar a mão é melhor do que
agarrá-la. No meu caso, o tempo foi um empecilho para uma pessoa que preza mais
a rotina do que um verdadeiro sentimento. É que também, às vezes, enquanto você
é um vulcão de sentimentos, o seu parceiro é um lago congelado. É que as vezes
tudo esfria. É que vivemos com o risco do “não recíproco”. Mesmo com um coração
encharcado de amor e dor. De saudades e tristeza. Eu prefiro poupá-la dos meus
sentimentos exagerados, do incobrável que eu sempre cobrei. Do carinho que não
pode ser dado, do amor que nunca surgiu, do valor que não existe. Hoje eu
prefiro ser um homem como estrelas que brilham sozinhas e deixar o grande amor
da minha vida partir.
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